sábado, 20 de outubro de 2012

TP 3 (Agricultura)



  Sob a responsabilidade dos irmãos Daniel Silva e Antônio Galvão, este departamento tem como objetivo incentivar e orientar o povo ribeirinho na questão do uso da terra.

 A cultura ribeirinha ainda é muito extrativista, e hoje o trabalho madeireiro, que era a principal fonte de renda do povo ficou muito reduzido. As grandes companhias fecharam e a solução para o ribeirinho é a utilização de suas terras na área agrícola. Com o apoio de alguns órgãos do governo, temos realizado treinamentos e palestras mostrando ao povo como utilizar os recursos que tem em mãos,  incentivando-os a desenvolverem criação de pequenos animais como: frangos, porcos e peixes.


 Tem sido utilizado para isso o Sítio Boa Esperança e o sítio do irmão Antônio Galvão, como projetos pilotos, para que o povo possa ver que é possível ter um resultado do cultivo da roça mais satisfatório, através da aquisição de novas variedades de mandioca e cereais que sejam mais produtivas e precoces, uma vez que o solo da região é pobre em nutriente, e algumas culturas não se adaptam bem. Também temos desenvolvido trabalho de perfuração de poços artesianos, os quais têm possibilitado ao povo ribeirinho consumir água de melhor qualidade. Assim, a APR tem tentado amenizar a situação do povo ribeirinho.

O SONHO SE TORNOU REALIDADE



     Em 2006 deu-se início os primeiros passos na elaboração para a construção do Centro Pro Ribeirinho na cidade nova em Portel, um trabalho conjunto da liderança da APR e SAM. Um projeto que nasceu da necessidade de termos um local como referência para as famílias carentes do bairro da cidade nova. Passaram-se, aproximadamente, seis  anos até a conclusão das instalações necessárias para o desenvolvimento das atividades.


  Desde que  iniciou-se a construção, o Centro Pro-Ribeirinho vem promovendo eventos como: palestras; reuniões de caráter religioso; atendimento odontológico; treinamento em trabalhos artesanais; incentivo ao esportes e brincadeiras diversas para crianças, onde o foco principal é apontar o caminho para uma vida social equilibrada, em um bairro que já foi o mais violento da cidade. 



 Onde, em anos anteriores, muitos jovens e adolescentes tiveram suas vidas ceifadas por se envolverem com a marginalidade muito cedo. Também se busca recuperar a auto-estima de muitos ribeirinhos que deixaram seu local de origem, nos rios, para se estabelecer na cidade em busca de melhores condições de sobrevivência, o que para muitos foi só frustração. No terreno de 3.025 m2 está construído um prédio com 300 m2, contendo três amplas salas, uma cozinha, quatro banheiros, um escritório e um auditório; uma casa de hospedagem; um espaço para futebol; um espaço para vôlei e uma pequena quadra esportiva em construção. Através de uma doação foi possível a construção do muro do terreno, o que dará um pouco mais de segurança para as instalações.
     A equipe de trabalho é composta pelo pr. Abilio Barros da Costa, pr. Antonio Carlos C. Machado e Elizete Noronha da Silva. Colaboram conosco as irmãs Edineia Silva e Jozinete Primavera, membros da igreja local.
       Em 2011, o Centro Pró-Ribeirinho, recebeu o curso de Unihockey, numa parceria entre a APR e a Associação floorbal for all, ONG Suíça, com o treinamento de vinte e dois jovens, que tornaram aptos a conduzirem o esporte entre outros jovens e crianças.

Dois campeonatos já foram realizados e os jovens estão muito animados com esse novo esporte em Portel. Atualmente temos um total de 60 participantes nesse esporte, entre adolescentes, jovens e adultos. E sempre chega mais.
     
 O alvo para o próximo ano é promover, em parceria com outras entidades, treinamentos em confecção de artesanatos, informática, corte e costura e pintura em tecido para adolescentes e jovens, abrindo assim, uma oportunidade para que eles aprendam uma atividade que gere renda.

ATIVIDADES NOS RIOS DE PORTEL




Com a criação de novas frentes de atividades da APR, houve a necessidade de mudanças no que se refere às viagens de visitas às congregações e irmãos ribeirinhos. As viagens que antes eram realizadas com toda equipe utilizando o barco SOS Ribeirinho (foto) com capacidade para 30 toneladas, hoje são realizadas pelos irmãos Samuel e Luiza Nascimento, acompanhados pelo técnico de enfermagem Alan Noronha, utilizando para as mesmas o barco motor Salém II, com capacidade para 08 toneladas. A mudança deu-se em razão de dois fatores: (1) a diminuição da equipe de viagem que agora são apenas três pessoas, em razão dos demais membros encontrarem-se envolvidos em outras atividades; (2) A redução das despesas, que no barco Salém tem custo menor. As visitas acontecem uma vez por mês para cada rio. Atuamos em três rios; Anapú, Camarapí e Pacajá e a duração de cada viagem fica em torno de 10 (para os rios Camarapí e Pacajá), e 12 a 14 para o rio Anapú, pelo fato deste ser o mais longo. O Rio Camarapí é onde se concentra o maior número de trabalhos, são sete congregações e cinco pontos de pregações. Quando temos viagens com visitantes ou vamos realizar alguma atividade como retiro ou clínica, então utilizamos a embarcação maior (SOS Ribeirinho).



Atividades dos TPs.
TP 1 (Espiritual) – Este departamento funciona sob a direção do casal Samuel e Luiza Nascimento, os quais tem a responsabilidade de agendamento de viagem, preparação de retiros, elaboração de estudos e acompanhamento das congregações ribeirinhas. Atualmente o trabalho esta sendo concentrado em atividades com as crianças. Temos realizados o que chamamos de mini retiro (um dia de atividades) no qual as crianças recebem os ensinos da Palavra de Deus, participam de brincadeiras, recebem brindes como lembranças, merenda e almoço patrocinado pelas próprias congregações, o objetivo é alcançar principalmente as crianças que normalmente não congregam conosco, e muitas não participam de nenhuma atividade em igrejas, seja ela evangélica ou católica.





Resultados Como resultado desse trabalho algumas crianças tiveram encontro com o Senhor Jesus, além da abertura de algumas portas por líderes de comunidades para realizarmos os eventos. Uma grata surpresa para nós é o bom número de adolescentes e jovens que tem participado dos eventos, dizemos isso porque o nosso alvo era as crianças, mas Deus tem agido de forma que outros grupos tem chegado, também os próprios pais que chegam para trazer seus filhos e acabam participando das atividades. Também temos notado a motivação em algumas congregações como no Pacajá e camarapi, onde os irmãos já tem se motivado a sair para realizar cultos e visitas em outras localidades fato que não estava ocorrendo antes.